Capas da 2ª Edição: arte da catalã Ana Maria de Beaulieu
Animados pelo sucesso da primeira edição, republicamos o mesmo conteúdo e imagens no ano seguinte (91) e no outro (92). Refizemos algumas artes, e os fotolitos eram o cúmulo do low-tech. Comprávamos acetato (aquele das transparências, no xerox) em rolos, cortávamos no estilete, fotocopiávamos as imagens nestes acetatos e as banhávamos com nankim – que precisava ser limpo rapidinho, antes que secasse, com chumaços de algodão. Isto página por página, centenas delas. O resultado era algo próximo a um fotolito, só que investindo 10 vezes mais tempo e 10 vezes menos recur$o$....
A primeira alteração importante foi na tipologia. Embora ainda fosse escrito à mão, a letra desta edição era de Regina, bem mais legível.
A segunda edição, à esquerda: mais legibilidade
O papel utilizado na primeira edição, com suas cores fortes, foi substituído pelo papel vergé, com cores mais suaves. O vergé tem uma sutil textura canelada e é um papel muito agradável ao toque. Texto e ilustrações continuavam a ser impressos em uma só cor, e tanto a cor do papel quanto da impressão mudavam a cada estação do ano.
Acreditas?
Os textos destas primeiras edições já tinham uma presença expressiva da poesia. Neruda e Leminski estavam lado a lado com Itamar e Caetano.
Leminski: com i ou y?
José Ângelo: sexo é bom
Também ficava claro desde estas primeiras edições uma postura anti-homofóbica e que reafirmava a liberdade de opção sexual.
Amor: vale a pena
Capas em serigrafia: artesanato
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